terça-feira, 15 de abril de 2008

Incursão pelos Infernos (buuuuuu!!!!)

Eu e a pechinchinha fomos ontém à cidade invicta, para fazermos um trabalho muito importante para as nossas teses e a viagem correu lindamente. Aliás, não podia ter corrido melhor!!! O nosso destino era a Faculdade de Psicologia do Porto. Começámos por apanhar o comboio mesmo em cima da hora. Quando lá chegámos, começámos a andar a caminho do metro, enquanto conversávamos, e andávamos e conversávamos, e andávamos e conversávamos... até que a pechinchinha se lembrou de soltar a bomba: «Tens a certeza que o metro é nesta direcção?». Foi aí que descobrimos que cada uma de nós estava a seguir a outra e nenhuma sabia para onde estava a andar. Ok. Começou bem!! Nesse preciso instante, fomos abordadas por uma trausente com notórios problemas de orientação geográfica, que nos perguntou onde se apanhava o autocarro x. Nós, do alto da nossa incrível noção espacial dissemos que não sabíamos, porque não eramos de lá...só por isso, é preciso que se note!!! E já agora aproveitámos a deixa para perguntar onde era o metro, que por acaso era mesmo à saída da estação de comboios, de onde tinhamos saído há uns quantos minutos atrás e nos tínhamos afastado substancialmente. Sim, pechinchinha, tens razão, a culpa é de quem pôs a entrada do lado esquerdo, porque as pessoas olham sempre primeiro para o lado direito...
Depois de comprarmos o andante e de darmos várias voltas à procura da linha correcta para o Hospital de São João (escusado será dizer que estivemos quase a embarcar no sentido oposto), chegámos finalmente ao nosso destino. Saímos do metro e ficámos as duas paradas durante alguns minutos na rua. Não, para quem nos viu fica já esclarecido que não estávamos a jogar à «macaquinha do chinês». Estávamos só a tentar desvendar para que lado da rua devíamos seguir. Decisão difícil!! Sim, pechinchinha, mais uma vez tinhas razão, a culpa foi do arquitecto que não fez o edifício suficientemente grande e com as letras PSI bem lá no alto!!
Então, decidimos perguntar a alguém... e esse alguém era uma gorducha com uns ares de psicopata, que também não sabia, mas obrigou-nos a entar no hospital, sempre atrás dela, e a inquirir um bombeiro inocente (que também não era de lá) e um porteiro. Finalmente, uma pessoa com verdadeiro conhecimento do terreno: só era preciso darmos a volta toda ao hospital, porque era mesmo, mesmo lá atrás. Ok! Depois de batermos todo o terreno (por sinal bastante grande) e de passarmos por um tubo aéreo, avistámos um edifício imponente! Sim, devia ser ali!!! Era mesmo do lado oposto da casota do porteiro. O mais estranho é que tinha como terreno adjacente um campo de futebol e de atletismo. Eu bem perguntei à pechinchinha para que é que os futuros colegas queriam um complexo desportivo? Mas devia ser mais uma mania dos arquitectos portuenses... Andámos (ainda) mais um pouco e deparámo-nos com um letreiro verdadeiramente deprimente, onde estava escarrapachado «Faculdade de Desporto»... o que era totalmente imprevisível... afinal o que é que um campo de futebol e uma pista de atletismo tinham a ver com desporto?
Continuámos a nossa caminhada em busca da faculdade perdida, mas tudo o que encontrámos foi a faculdade de engenharia! Mais nada à vista! Obviamente, só podia ser um prédio por detrás daquele. Portanto, resolvemos entrar. Avistámos um futuro engenheiro, a quem pedimos mais informações. Ele disse para voltarmos para trás (surpreendente...), virarmos à direita e seguirmos sempre em frente. Andámos, andámos, andámos... começaram a formar-se bolhas nos pés. Raios partam, realmente de um engenheiro não se podia esperar uma informação fidedigna!!! O melhor era pedirmos informações pela centésima vez! Apareceu-nos pela frente uma rapariga, a qual abordámos de imediato. Não percebemos bem porque é que ela se estava a rir, até que ela apontou para o prédio mesmo atrás dela e disse: «É aqui» (sem comentários).
Enquanto discutíamos se a nossa querida faculdade era cor de vomitado ou de ranho (até os pintores de paredes nos discriminam), fomos procurar um sítio para almoçar. Ai, as minhas bolhas nos pés!!! Escusado será dizer que o metro passava mesmo em frente à Faculdade de Psicologia (percebemos isso mesmo a tempo...). Entrámos no shopping, percorremos todos os restaurantes de fast food e acabámos por escolher o primeiro que tínhamos visto (note-se que isso de dar voltas inúteis não é nosso costume). Depois, utilizámos a técnica da placagem para arranjar uma mesa vaga. Tinhas razão, pechinchinha, dar encontrões em todos os possíveis candidatos ao lugar deu mesmo resultado!!
Já na biblioteca, copiámos à mão páginas e páginas de um livro gigante... até que nos apercebemos que havia duas fotocopiadoras no andar de cima!!! Não, por favor, não riam tudo agora. Ainda faltam mais acontecimentos!!! Quando decidimos utilizar as referidas máquinas, deparámo-nos com um cenário fantástico: de um lado, um quarentão a fotocopiar uma tese inteira; do outro, uma beta com ar de lesma a fotocopiar todos os trezentos livros que o colega não menos beto se lembrou de lhe trazer às pisquinhas. Mas não foi nada de especial. Só esperámos cerca de uma hora (já tinhamos pago) e, quando chegou a nossa vez, a máquina encravou!!! Não, isto não é mentira, juro que é pura realidade! A pechinchinha pode confirmar tudinho!!!
Apanhámos o metro para a estação de comboios, pelos vistos em hora de ponta, porque ficámos totalmente encurraladas. A pechinchinha não tinha onde se segurar, mas também não conseguia cair, porque não havia espaço suficiente. Na estação de comboios, pagámos 50 cêntimos para ir aos lavabos, enquanto uma mulher ralhava com a empregada, porque aquilo era uma roubalheira. Chegando a Braga, decidimos ir a pé até à Sra-a-Branca e apanhar o autocarro. Dirigimo-nos à paragem, para ver a que horas este passava e... tchanam!!!... tinham tirado de lá o cartaz com o mapa e os horários. À nossa frente, só negro... Resolvemos esperar. Já passavam das 21 horas e já estávamos ali há uns 45 minutos. De certeza que o autocarro já não passava. Fomos andando a la pata... que remédio.... daaaahhh, será que tenho mesmo de dizer que, a meio do caminho, vimos o autocarro passar????
Conclusão (dedicada à minha sister): «foi um dia muito alegre» (e, por acaso, foi mesmo!).

P.S. Pechinchinha, suprimi todos os pormenores potencialmente humilhantes... lolol

3 comentários:

Anónimo disse...

Em vez de ser as aventuras da Anita temos uma nova publicação, por sinal muito mais interessante, que são As Aventuras de Soraia e Pechincinha numa Cidade Invicta qualquer.... tou a espera do segundo livro pq o primeiro está aprovado!!!!

Anónimo disse...

Lool..taditas!! 2 reparos..por acaso eu sabia que não havia horários em Sra a Branca..aconteceu m o mm k a vocês! e qto à faculdade..k axaram? eu n gostei mt kdo fui lá (tinha ar de ser do século passado)..mas tb já foi paí há 6/7 anos..
beijinhos**

Unknown disse...

parece mentira mas é mesmo verdade.Ainda bem k pelo menos almoçamos num sítio decente, pk se calhasse outra vez a tasca do Rosário eu internava-me na ala de psiquiatria do S.João, se é que há lá alguma. Ta mt bem relatada a nossa aventura.parabéns,ri-me á farta.pechinchinha